terça-feira, 2 de junho de 2009




4 e 5 DE JULHO
UM FIM DE SEMANA ESPECIAL!

PROGRAMAÇÃO:


Dia 4 de julho (sábado) - Queima de cerâmica utilizando a técnica do RAKU
Dia 5 de julho (domingo) – Dia no campo – relax e boa comida


Sítio Santo Antonio – Tietê/SP
Responsável: Bia Camargo

O sítio, situado a 150 km de São Paulo, oferece muito sossego, muito verde e comida caseira.

Venha passar um final de semana diferente, conheça gente nova, relaxe e participe de uma queima de cerâmica originária dos orientais.

Os participantes ficam acomodados na casa do sítio, em quartos de casal e quartos para 1, 2, 3 ou 4 pessoas – cabem 22 pessoas

As refeições, preparadas pela Domingas, são deliciosas. No café da manhã temos pão caseiro, geléia e queijo da região. As sobremesas são maravilhosas, os sucos fresquíssimos e os bolos com cafezinho esquentam a alma.

Tragam tênis ou bota para pequenas caminhadas e maiô e protetor solar se quiserem dar um mergulho na piscina.

As queimas de Raku acontecem em um grande barracão, devidamente adaptado para esta atividade – com área para esmaltação e área para os fornos.

Na programação: distribuição de apostila, preparação das peças, normas de segurança, técnicas de esmaltação, participação na queima, rodas de conversa.

POSSIBILIDADE DE FREQUENTAR SOMENTE NO SÁBADO:

Para as pessoas que não possam passar o fim de semana todo conosco,
existe a possibilidade de participar só da queima no sábado.
Porém tragam uma mochila com pijama e escova de dente para o caso de resolverem ficar ...
Prepararemos as peças e esmaltamos no período da manhã e à tarde faremos as queimas.

Taxa de participação para sábado e domingo (pode chegar sexta à noite):
R$ 260,00/ pessoa

Taxa de participação para o sábado:
R$ 150,00/ pessoa

Inscrições e informações:

Bia – 3814-8099 (beatrizcamargo@hotmail.com)
www.ceramicadeatelie.com.br


LISTA DO QUE LEVAR:

1 – Jogo de cama: lençol, fronha
2 – Toalhas de banho
3 – Roupas para trabalhar: calça confortável, camisetas, tênis (ou sapato fechado), avental (opcional)
4 – Protetores solar, boné, repelente, óculos escuros (opcional)
5 – + ou - 7 peças de cerâmica (já queimadas em biscoito) – medida máxima aproximada: 15x15x30
Para participantes não-ceramistas ou ceramistas que não tenham peças prontas, teremos algumas peças que poderão ser adquiridas para queima
6 – Livros e/ou revistas de cerâmica ou arte interessantes para compartilharmos




INSTRUÇÕES PARA CHEGAR AO SÍTIO SANTO ANTÔNIO
Celular Claudete 9900-8496
Celular Bia 9222-2467

Grupo mínimo de 6 pessoas.


Rodovia Castelo Branco
Passa o 1º pedágio
NÃO PEGAR A SAÍDA 99 A , para Porto Feliz – Tietê
Passa o 2º pedágio
PEGAR A SAÍDA 129 A , Cerquilho – Tietê
Rodovia SP 27 (vai andar + ou – 21 Km nesta estrada)
Passa ao largo da cidade de Cerquilho (não entrar na cidade)
Passa por um Posto Petrobrás à esquerda
Em seguida, pegar à direita SAÌDA 84
Anda SÓ 10 metros e pega uma rua à direita (nesta esquina tem uma placa da Marmoraria Santa Terezinha)
Anda um quarteirão – esta rua acaba na Estrada do Mato Dentro
Virar à direita, desce, atravessa uma ponte,
Daí fica estrada de terra e vai andar por + ou - 3 km
Sobe,
Continua à direita,
Num ‘platô’, à direita tem uma casinha cor salmão com janelas azuis e uma cerca viva de casuarinas,
Daí pega a próxima entradinha à direita, tem placas azuis do Sítio Santo Antonio e Chácara Bom Viver,
Desce a estrada (com cuidado), tem um mato à direita,
Curva à direita,
Porteira branca (pero no mucho), CHEGOU !!!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Madeira e Porcelana



Jogo em Porcelana 'Tete a Tete"




"Como são sábios aqueles que se entregam às
loucuras do Amor!"




Jogo acompanha:

2 Pratos rasos

2 Pratos de sobremesa

2 Pratos Fundos ou 2 Bowl's

2 Xicaras de Chá c/pires

2 Xicaras de café c/pires

Mobilis em madeira com cerâmica


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

FOME TERRENA

Fome terrena: Por que as pessoas comem terra?

Jörg Blech

Pessoas em muitas partes do mundo se permitem a curiosa prática de comer terra, também conhecida com geofagia. Mas por que o fazem permanecia um certo mistério. Agora, um novo estudo visa mostrar que a argila pode ser vital na proteção de mulheres grávidas.

Os habitantes da ilha de Pemba, no leste da África, exultam quando uma de suas jovens mulheres começam a comer terra -este suplemento alimentar incomum só pode significar uma coisa: que ela está esperando um bebê.

"Uma porção diária é de cerca de 25 gramas de terra", disse Sera Young, que trabalha em tempo integral na pesquisa da geofagia. A antropóloga de 30 anos logo se transferirá da Universidade de Cornell para a Universidade da Califórnia, em Berkeley.

Em todo continente há pessoas que comem greda, argila ou marga. Mas apenas agora Young e seus colegas estão começando a entender que forças as levam a fazer isso. Independente das pessoas estarem comendo argila de fontes naturais ou comprando "argila medicinal" na farmácia para comer, elas estão claramente seguindo algum anseio ancestral que se desenvolveu ao longo da evolução.

Não são apenas seres humanos que comem um pouco de terra de vez em quando -papagaios, gado, ratos, elefantes e chimpanzés também o fazem. Até mesmo homens pré-históricos compartilhavam esta paixão por comer terra -uma escavação arqueológica na África encontrou marga em pó que claramente era usada como ração de marcha há dois milhões de anos. Mas a pergunta permanece: por quê?

Em seus estudos de campo na ilha de Pemba, que pertence à Tanzânia, Young observou que principalmente as mulheres grávidas sentiam desejo por terra. "É como um vício. Há até mesmo uma palavra para isso: 'vileo'", ela disse.

Mas as mulheres grávidas não simplesmente recolhem sua refeição terrena na rua. Na verdade, elas não medem esforços para assegurar que seja o tipo certo de terra. Elas raspam marga de fontes específicas ou a coletam em certos locais fora de suas aldeias. "A terra não pode ser suja", explicou Young.

A seletividade dos comedores de terra chamou a atenção do naturalista alemão Alexander von Humboldt há 200 anos, quando ele passou algum tempo onde atualmente é a Venezuela. O povo indígena otomaque, ele notou, preferia as camadas aluviais onde era encontrada "mais espessa, com melhor sensação".

O fato de os indígenas devorarem terra em "quantidades tremendas" e a guardarem para tempos de dificuldade, na forma de bolas de argila secas, levou Humboldt a supor que a geofagia era usada como solução improvisada para momentos de escassez de alimentos. De fato, as pessoas comiam terra particularmente em momentos difíceis, como no Haiti em 2004, quando os moradores das favelas recebiam bolos de manteiga, sal, água e terra.

Mas esta hipótese da fome não explica o fenômeno plenamente -a terra também está no cardápio de pessoas que se alimentam bem. Logo, muitos pesquisadores acham que a terra funciona como um medicamento natural. A marga, afinal, contém magnésio, sódio, cálcio, potássio, ferro e uma grande quantidade de minerais. Em casos de diarréia severa, segundo alguns cientistas, uma colher da chá de terra poderia fornecer ao corpo os minerais perdidos.

No entanto, Peter Hooda, um pesquisador de solo britânico, descobriu indícios de que, pelo contrário, a marga tira mais do corpo do que fornece. O cientista e sua equipe chegaram a esta conclusão surpreendente depois de realizar uma simulação em laboratório da interação entre a terra e o trato digestivo. Eles misturaram marga, ácido gástrico e nutrientes, deixaram a mistura barrenta à temperatura do corpo por tempo suficiente para reagir plenamente e então analisaram o composto resultante.

Um desentoxicante natural para o estômago

Os resultados mostraram que muitos nutrientes se ligaram firmemente à estruturas microscopicamente pequenas na marga. Isto levou a uma redução significativa no ferro, zinco e cobre disponíveis no banho de lama, o que estava de acordo com uma das observações de Young em Pemba: muitos dos apreciadores de marga eram anêmicos e apresentavam níveis baixos de ferro no sangue.

Mas em algumas circunstâncias, supõe a antropóloga, o efeito lixiviante da terra poderia ser uma vantagem. "A terra pode ajudar a remover toxinas do corpo." Esta teoria é apoiada por algo que Young notou após estudar mais de 2.700 casos relevantes na literatura sobre o assunto: crianças pequenas e mulheres grávidas -pessoas para as quais uma intoxicação pode ser particularmente séria- fazem uso particularmente freqüente deste recurso natural.

Até agora, o enjôo matinal era visto como um mecanismo evolutivo desenvolvido para proteger a criança ainda não nascida das substâncias prejudiciais nos alimentos. Seria a geofagia uma estratégia adicional?

Em uma tentativa de dar mais substância à sua teoria, Young está atualmente acompanhando a análise de mais de 30 amostras de terra de Pemba, Quirguistão, Indonésia e outras áreas pelo Instituto Macaulay, em Aberdeen, Escócia, para entender até que ponto elas possuem potencial químico de remover as toxinas dos alimentos.

As análises poderão fornecer prova científica do que muitos comedores de terra sempre disseram: a terra limpa o estômago.

Tradução: George El Khouri Andolfato
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